sábado, 29 de março de 2008

SOBRE O AMOR, O DESAMOR, BRUXAS E PRINCESAS.

Essa semana cheguei a duas conclusões na minha vida, a primeira e que as coisas que não podemos explicar nos perturbam e a segunda e que as pessoas percorrem o caminho contrario da vida, essas foram as únicas duas coisas das quais tive certeza por esses dias.

Gosto bastante de Arthur Schopenhauer, mas sei que os poucos que o conhecem, não gostam (talvez por isso tenha morrido sem reconhecimento algum e tenha ficado assim por muito tempo até Nietzsche encontrar e popularizar sua obra). Mas eu particularmente adoro Schopenhauer, ele e suas obras andaram pelo caminho da tristeza, do desolamento, das lamentações, dizem alguns, que Schopenhauer não morreu como muitos, dizem, que ele foi desaparecendo, desaparecendo no esquecimento, no anonimato, na solidão. Sua morte, na verdade, não foi nem notada pela sociedade da época, que simplesmente ignorava sua obra.

Mas eu gosto de Schopenhauer não pela injustiça que aconteceu com ele (prática comum de nossa sociedade, todos fingem apoiar os injustiçados), mas sim pela sinceridade de sua obra, de sua vida, ele simplesmente admite a tristeza de sua alma, ele não perde tempo inventando personagem de felicidade pra mostrar para outros. Ele descreve a tragédia da vida de maneira sublime e principalmente real.

Acho que todos nós estamos muito longe da felicidade, na verdade apenas fingimos tê-la pra fazer inveja ao vizinho, mas no fundo somos tão vazios, tão incompletos, tão sem sentido como todo mundo. Todos sentimos isso, o que difere Schopenhauer, e agora eu, é que admitimos isso. Então decidi fazer assim, vou andar pelo caminho certo e não pelas vias contrarias, todos achavam que Schopenhauer era doido em sua época, mas o que eu vejo é que ele era o único sóbrio do meio que lhe desprezou, dos críticos acadêmicos, dos senhores do conhecimento, dos ministros da cultura enfim, todos aqueles que tinham o poder de decidir sobre quem deve ou não ser reconhecido. Hoje não é diferente o mundo todo está no caminho contrario, os nossos senhores do conhecimento, os nossos ministros de cultura e nossos governantes, aqueles mesmos que continuam decidindo quem é e quem não é, são todos loucos, todos estão caminhando por vias erradas, mas todos nós, também, estamos fingindo que está tudo bem. Na verdade tudo está assim, porque temos, e sempre tivemos a mania de dizer que tudo está sempre bem, fingir que tudo está sempre bem. Mas a solução é dizermos o que sentimos de verdade, sem preocupação de fazer inveja ao vizinho, é preciso esquecer o vizinho, e de preferência é importante que o vizinho lhe esqueça também.

Nós estamos pensando errado, e principalmente nós estamos a cada dia sentindo errado, isso mesmo, sentindo errado. Você já percebeu que a idéia de que milhões de pessoas no mundo estão morrendo de fome, não lhe toca mais? Ou que existem outras milhões de crianças doentes na áfrica, ou mesmo que seu vizinho está passando momentos difíceis, ou fotos de pobreza e catástrofes, nada disso lhe toca mais. O nosso senso de sentimento está sentindo menos a cada dia que passa, estamos percorrendo o caminho do endurecimento, do dês-sentimento. Não conseguimos ver nada de errado com pessoas que tem milhões e milhões de dólares em suas contas, grandes magnatas, grandes empresários. Hoje, já não conseguimos ver que existe alguma coisa errada com o cenário em que vivemos, alguns tem tanto e outros não tem nem o que comer, isso se tornou normal, como também se tornou normal o sofrimento alheio. Estamos percorrendo o caminho oposto ao sentimento, estamos nos tornando pedras, enquanto o normal seria nos tornarmos cada vez mais sentimentais, mais complacentes, mais tolerantes.

Um dia disseram a uma colega minha na escola que ela não passava de uma amante, ela olhou com ar de serenidade a pessoa que estava lhe acusando e simplesmente lhe disse: eu estou melhor do que você. O que me chamou a atenção nessa história foi à reação ao "insulto", juro que esperava que houvesse bate boca, mas a resposta foi tão serena, que acabou por desarmar a acusante. Naquele momento fiquei a pensar o quanto minha colega acusada falou sem falar, isso mesmo, falou sem falar, é importante que aprendamos isso, nas entrelinhas, de suas breves palavras existia muita coisa. Talvez ela quisesse falar sobre a concepção de dualidade do mundo, por exemplo: se é amante é porque ama e quem não ama desama, talvez ela não amasse a pessoa certa, mas acho melhor amar a pessoa errada a odiar a pessoa que se diz "certa" a pessoa que você acha que é certo odiar, não é certo odiar ninguém. Mas odiar, todo mundo acha normal, porém, os amantes, são criticados. Se fossemos colocar por ordem de classificação de "pecados" deveríamos colocar primeiro os desamantes, os odiantes, os fofoqueiros, os interessados na vida alheia, os falsos e depois de tudo isso viriam os amantes, talvez minha colega preferisse ficar do lado das amantes a ficar do lado do desamor, do dissabor, da inveja, da fofoca, da feiúra. Dos pecados talvez ela tenha escolhido o menor. Por quantas vezes nós não escolhemos o lado do desamor e achamos normal? É como ficar do lado da bruxa na estória de conto de fadas. Assim como fez o Príncipe Charles, ele percorreu o caminho oposto dos contos de fada, ele deixou a princesa pra ficar com a bruxa, e sua princesa era tão linda, eu era encantado com seu olhar de tristeza, assim como acontecia com Schopenhauer, ela era sincera, o seu olhar não conseguia esconder a tristeza e sim sempre refleti-la, era um olhar de pessoa inconformada com a vida, inconformada com as injustiças, tanto é que sua vida foi dedicada a ajuda humanitária. Acho que ela enxergava com olhos de Schopenhauer, e não conformada com sua vida tentou vivê-la de maneira diferente, tentou amar, mesmo passando por cima das tradições, do que se dizia ser correto, ela não ligava para o fato de ser considerada princesa, pois não se sentia princesa, é muito difícil sermos considerados algo que não somos, então Diana abriu mão de tudo que achavam dela pra ser simplesmente uma pessoa feliz. Eu também faria isso, mas sei também, que muitos não fariam, prefeririam ficar com o titulo de princesa, preferiam ficar fazendo inveja ao vizinho, mesmo que para isso fosse necessário jogar sua vida inteira fora. Muita gente joga a vida fora pra fazer inveja, e outros são piores ainda, jogam a vida fora pra poder ficar olhando e criticando a vida alheia, são os desamantes.

Mas agora chego na parte mais difícil, não consigo explicar o senso de justiça das coisas e isso me perturba muito, não sei explicar porque as pessoas boas morrem, porque você morreu Diana? Logo quando você era mais feliz, quando tinha finalmente descoberto um caminho diferente, porque você morreu? Porque Deus deixou você morrer? Você poderia estar aqui, o mundo aprendeu tanto com você, e poderia aprender tanto mais.

Muitos dizem que é preciso sofrer para que se aprenda a chorar, mas ai eu pergunto porque é preciso chorar? Porque Deus deixou meu irmão morrer com apenas 17 anos de idade? Lembro como se fosse hoje tudo que aconteceu, todo sofrimento que passamos, toda dor que até hoje dói. Sempre me ponho a pensar como ele estaria agora, quantas coisas legais ele teria inventado quantas vezes nós teríamos nos divertido juntos, quantas histórias nós teríamos pra contar, quantas brigas, tudo isso me faz falta. Já faz quase 13 anos que ele se foi, pouca gente lembra dele, mas eu ainda me lembro, ainda me dói muito, muito mesmo, ninguém nem imagina o quanto, mas ninguém sabe, ninguém pode sentir por mim, eu não esqueço, as vezes estou com o olhar perdido, estou pensando nele, onde ele estaria agora se estivesse por aqui, muitos me criticam pelo meu olhar perdido, porem, ninguém sabe o quanto dói, pra mim parece que foi ontem. Eu acho isso tudo muito injusto, porque Deus não o protegeu? Porque ele não impediu que ele entrasse no carro que o matou? Porque ele foi o escolhido dentre 6 passageiros? Não sei, prefiro acreditar que Deus, por algum motivo não pode fazer nada em ralação as coisas terrenas, e como diz Rubem Alves em uma de suas crônicas, Deus deve ficar triste como eu, assim como eu ele também não pode fazer nada, Ele deve ficar triste com a minha tristeza, nas noites de chuva Deus deve lembrar dele também.

Devemos escolher o caminho correto da vida, mesmo que para todo mundo seja errado, o que vale é o que você sente, isso eu posso dizer, mas enquanto as coisas inexplicáveis, continuam a me perturbar muito, Minha filha estava viajando comigo, em uma das paradas ela viu uma criança sem as mãos, acho que deveria ser por má formação do feto, não sei, essa criança chorava muito e com o toquinho de seus braços enxugava as suas lagrimas, então minha filha olhou e me perguntou: - papai, porque ela não tem a mão? Eu olhei para o seu rosto e lhe disse: minha filha, eu não sei.

Paulo Roberto Braga 6 de junho de 2006

quinta-feira, 27 de março de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

JÁ QUE VAI SER, QUE SEJA DE VERDADE...

Já que decidi voltar com a banda A fábrica, vou fazer pra valer, vou me dedicar de verdade e colocar meus planos em frente, vou começar pelo que já existe como por exemplo o site que temos dentro do portal palco mp3, site esse criado pela nossa especial amiga Arliene, surpreendentemente descobri que regionalmente, dentre diversas bandas, estamos na 57º posição, isso sem qualquer esforço de divulgação, agora vou começar a fazer o que a muito tempo deveria fazer, popularizar meu trabalho, fazer um trabalho de divulgação, e calar a boca de muito babaca que fica falando bobagem sobre a banda.

Tenho muita consciências do que eu sou, do que posso, e do que não sou, e não posso, sei que muita gente invejosa fez tudo para que a banda acabasse, e realmente nos prejudicaram muito. Existe tanta coisa que vcs não sabem nessa história.... muito mais do que muitos podem imaginar.... Mas deixa isso pra lá vamos olhar pra frente e primeiro vamos melhorar nossa posição no portal palco mp3, com isso ganharemos mais notoriedade e abriremos novos caminhos.

O endereço é

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/bandaafabrica/


Basta acessar o site para que ajudar, acessem o máximo que puderem.


assim que formos subindo vou postando os resultados.

Um abraço

Estou de volta

Depois de uma semana sem net.

terça-feira, 18 de março de 2008

A banda A Fábrica vai voltar, mesmo que seja pra uma despedida. Esse ano faz 10 anos que fizemos nossa primeira apresentação, ainda como uma banda gospel. Depois de algum tempo acabamos por aceitar nossa exclusão da igreja, pois realmente nossa música não se enquadrava nos padrões do que é gospel hoje no Brasil, e nem eu teria paciência para explicar pra todo fanático religioso o que representava minha poesia, mas seu que Deus me entende.

Esse ano iremos gravar, de forma descompromissada, algumas músicas, para deixarmos como registro e fazer pelo menos mais um show ao vivo para alguns convidados. O show terá versões marcantes que tocamos nesses 10 anos como Tempo perdido, Astronauta de mármore, Fátima, Parabólica além de músicas próprias. Já no trabalho gravado estarão apenas musicas de autoria da própria da banda, Segue abaixo algumas letras de musicas inéditas que entrarão no trabalho que gravaremos.

ASSIM COMO ANTES


Quando tudo é só ausência e nada mais,
Muitas vezes um abraço pode resolver,
Quantos dias que demora pra passar,
Toda falta faz doer alguma dor.
Quanto mal fazemos por nós dois,
Quando a chuva vem depressa,
Me sentia tão seguro há um tempo atrás,
Mas agora sinto o frio do teu amor.
Quando estarás,
completamente em mim,
e eu, completamente em ti,
Onde estarás.
Quando dizer,
completamente assim,
você voltou pra mim,
Nesse verão.
Sem você, meu amor,
Tudo vai, se passar,
Mais uma vez,
assim com antes.
Deixe sempre a porta aberta,
Talvez queira retornar pra um dia a mais,
Não esqueça seu perfume ao sair,
Pois assim eu sei que posso te encontrar,
Tome sempre mais cuidado, meu amor.
A maldade desse mundo, agora não da mais.
Não esqueça de ouvir canções de amor.
Isso sempre faz bem ao coração.

Musica: Paulinho

Só por você


Quero a luz serena desse teu olhar,
Mesmo já sabendo que não vou mais te encontrar.
(querer assim)
Quero um novo dia a cada amanhecer,
Mesmo já sabendo que não mais me entender.
Será covardia ou indecisão,
Deixar de percorrer as inconstâncias do meu coração.
Será que vou estar ao entardecer,
Dias que não virão a acontecer,
Aqui já não, da mais.
Sonhos dessa vida sempre são iguais,
Muitos se desfazem nos seus próprios temporais,
(Tudo então)
Tudo é mais difícil que se possa ter,
Nem toda novela e contada na TV.
Sempre a realidade é um pouco mais,
Toda história sempre foi vivida a pouco tempo atrás.
Nunca vou te dizer, que é eterno assim,
Volto a procurar, em nosso jardim.
Pra me lembrar De ti.
Meu amor, para onde quer for,
Sentirei alguma dor,
Vento muda a direção,
Mesmo então.
Sentirei teu coração,
Bem difícil de entender,
Cantarei a mesma canção,
De algum tempo atrás,
Só por você.

Musica: Paulinho

Depois postarei mais musicas que entrarão no projeto, postem sugestões pro repertório que será de 10 a 12 músicas. Um abraço.

segunda-feira, 17 de março de 2008

ANTIDEPRESSIVOS

Gosto muito da década de 80, pois tenho na cabeça que nessa década fui realmente feliz, mas dizem os cientistas que todas as pessoas cristalizam um tempo, como os melhores, e não adianta dizerem pra eles que não é verdade, sempre recusam a aceitar qualquer outra opinião, muita gente cultua a década de 70, inclusive tem gente que até hoje vive ela, assim como naqueles filmes norte americanos que velhos soldados paranóicos acham que a guerra do Vietnã ainda não acabou, e ficam o tempo todo alertas ou escondidos a espera do inimigo, acho que muita coisas se cristaliza em nossas mentes e temos como verdade, por exemplo: tem gente que se veste de Elvis e realmente acha que é Elvis, ele não se vê como um cover, ele simplesmente cristalizou na sua cabeça que é o próprio Elvis, e quem vai dizer que não pra ele? Ai vc sabe o que nós “normais” dizemos? Ele é louco, então jogamos ele pro outro lado da cerca da sanidade e ficamos do nosso lado, o lado sadio da cerca.

Isso me faz lembrar uma musica da Adriana Calcanhoto que se chama “A ciranda da bailarina”. Mas aviso logo, essa é uma música que tem que ser ouvida até o fim, e depois analisada, pois a principio ela parece um pouco desagradável da vontade de passar, mais depois vamos conseguindo entender a mensagem, quando puderem ouçam essa música (não achei na internet pra disponibilizar pra hiperlink),muita gente não quer assumir, tem horror de assumir suas paranóias, tem medo de serem jogadas pro outro lado da cerca por seus amigos e amigas que também escondem as suas paranóias por causa de seus outros outros amigos. Meu próprio pai também tem suas paranóias, não existe nem uma musica gravada depois de 1979 que preste, ele se recusa a ouvir, ele reclama mais alto que as músicas, até elas acabarem, ou fica em silêncio profundo, numa concentração tão intensa que bloqueia seus ouvidos. Eu aprendi a assumir minhas paranóias cristalizadas que são várias, todos nós somos Elvis, estamos do mesmo lado da cerca da sanidade, mas hoje vou falar apenas de uma. Que é a minha paranóia cristalizada pela década de 80, adoro tudo da década de 80, até mesmo da inflação, do Sarney, nada escapa ao meu amor pela década, aquelas notas de cruzado eram lindas, mudavam todo o tempo, o cheiro dos carros a álcool, meu pai tinha um Chevet, mas eu achava lindo os Monzas, até hoje tenho vontade de comprar um, fazia coleção de figurinhas de Ploc Monster com meu irmão, as figurinhas tinham nome de pessoas, a figura com meu nome era horrível, (quase acabamos com nossos dentes) O Hee-Man, os Smurfs, os comerciais da estrela, a série do Magaiver a Armação Ilimitada, até um dia desses tinha o Kadu Moliterno como ídolo (ai ele espancou a mulher dele e fiquei decepcionado), a formula 1 era o máximo, adorava o Senna, meu Atari era melhor que qualquer Playstation 3, e as músicas então? Paralamas do Sucesso, Biquine Cavadão, Kid Abelha, Nenhum de nós, Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana.... Tudo era melhor na década de 80, as caixinhas de leite tinham uma vaquinha na frente, eu confiava tanto nelas, tinha certeza que elas não vinham com soda cáustica, o Sarney sabia ler, os monzas não arrancavam dedo de ninguém, o Magaiver não era Lost, a Armação Ilimitada não era Minha Nada Mole Vida, o Senna não era o Rubinho, os Paralamas não era Bruno e Marrone, a Paula Toller não era a Preta Gil, Biquine Cavadão não era MC Crew, o Nenhum de Nós não era Calcinha Preta, o Engenheiros do Hawaii não eram a Banda Calipso e finalmente, graças ao meu bom Deus legião Urbana não era Nx zero.

Na década de 80 tinha uma enorme TV preto e branco em casa, era linda, logo depois meu pai comprou uma TV colorida, mas isso não era pra qualquer um, era como ter uma TV de plasma de 50 polegadas hoje em dia, era coisa rara, 99% das pessoas tinham TV em preto e branco, confesso que gostava mais da preto e branco, parece que eu pressentia que se eu deixa-se o tempo passar, as coisas evoluírem e a mágica da felicidade iria se acabar. Assim como hoje, na década de 80 as pessoas também gostavam de se enganar, já vi gente enterrar a TV na parede pra parecer de plasma, pra se sentir incluído no seleto grupo de pessoas com TV de plasma, mesmo sabendo que lá no fundo não estão, mas pelo menos se sentem um pouco melhor, na década de 80 existia uma telinha meio azul-esverdeada que se colocava em frente a TV preto e branco e ela quase se tornava colorida, era quase perfeita, a roupa da viúva Porcina quase parecia colorida, a grama do futebol era quase verde, a camisa do Zico era quase vermelha, era muito bom, “não precisa gastar dinheiro comprando uma TV colorida” diziam os sem condição nas esquinas. Mas aquilo era mentira, não era nada parecido com uma TV colorida, era horrível, servia apenas para amenizar a dor da exclusão, por um pequeno período de tempo as pessoas podiam pensar estar diante de uma televisão colorida, mas logo caiam na real, que na verdade não tinham dinheiro pra comprá-las, mas no fundo no fundo, essas telas serviam, pois amenizavam, pelo menos um pouco a realidade, e as vezes amenizar o mínimo que seja a realidade, pode ser decisivo, assim são os antidepressivos, me fazem parecer que estou nos anos 80, as vezes até acredito estar feliz, que estou naqueles dias bacanas, brincando com meu irmão no quintal de casa, mas logo vejo que é apenas uma tela na frente da minha TV em preto e branco, minha vida e outra, meu irmão já partiu a muito tempo. Mas vou continuar com minha telinha na frente da televisão, pois por menor que seja minha ilusão, sei que ela é decisiva agora.

sábado, 15 de março de 2008

A ESPERA

Esse texto tambem já tem algum tempo, acho que vai falar diretamente com muita gente, ele faz parte de um lado "B" de toda filosofia que eu estudei para fazer meu Trabalho de Conclusão de Curso de minha graduação, foi o q não saiu no trabalho final, mas q de qualquer forma eu teria q aproveita-lo. tenho vários deles, vou posta-los sempre que possível e quem sabe um dia não vire um livro.

A ESPERA

Por muito tempo eu senti algo que não sabia descrever o que era não sabia representar em palavras aquele sentimento, mas um dia eu descobri que existia uma representação para aquilo, o seu nome era nostalgia, sim nostalgia, sofria de nostalgia (do gr. nostós, regresso + álgos, dor) e quer dizer melancolia, abatimento profundo de tristeza, era isso que eu sentia uma tristeza incessante, um abatimento permanente, uma dor que nunca tinha sentido um vazio de não sei o que, uma falta de coisa que não podia definir, não podia dizer, era um sentimento novo, e de total desconhecimento da minha parte, e aconteceu justamente quando meus dias de infância acabaram.

Descobri então que eu estava desaprendendo a ser feliz (dom que todas as crianças têm), estava deixando de ser criança, estava entrando para o grupo de pessoas que esperam que seus dias bons voltem, seus dias de criança retornem que tudo venha a ser como era antes, mais com o tempo acabamos por aprender que os tempos de criança não voltam mais, aí o tempo vai passando e o sentimento de falta recai sobre tempos passados, que quando vividos nem achávamos felizes, mais a fantasia da saudade os transformam felizes em nossa cabeça, os tornam bonitos e perfeitos e automaticamente desejáveis, nosso corpo passa a desejar dia após dia à volta desses dias e é esse o motivo da frese “Eu era feliz e não sabia” que muitos dizem, sempre estamos olhando pra traz lamentando o que passou, essa é uma condição de nossa existência, gostar daquilo que não temos, ou não temos mais.

Não gosto de novelas, mais também não sou contra quem gosta, às vezes assisto e até acho legal, mais não é a razão da minha vida como é pra muitos, mas isso não interessa o que eu quero falar não é de novelas, mais sim de uma música que ouvi em uma novela, não sei de quem é, mas acho que é do Erasmo Carlos (sim é dele mesmo o nome é Lero Lero, acabei de ver na internet) e diz assim: “Meu bem a quantas luas que eu espero” (clique e ouça a música). Ai eu senti uma coisa mais ou menos assim, eu poderia ter dito isso, a quantas luas eu espero, a quantas luas você não espera por alguém? Me responda o contrário alguém que não espera, vou dar até um tempo.........................., um pouquinho mais pra ver se aparece alguém................................, ninguém, todos esperamos por alguma coisa caracterizada na forma de alguém, mesmo sabendo que no fundo aquela pessoa não traga consigo o que esperamos que ela traga, sempre esperamos com muita saudade, com vontade de abraçar, de ter no colo, de ficar de mãos dadas e passear sem preocupação, de contar segredos, de descobrir coisas, de mostrar o jardim que plantamos enquanto ela estava distante, um jardim que escondemos de todos, é só pra ela, esperamos pra mostrar algo que só guardamos pra ela, assim como na música do Roberto Carlos: Estou guardando o que há de bom em mim, para te dar quando você voltar” (clique e ouça a música). esse sentimento que guardamos, são guardados até o dia que essa pessoa voltar, ninguém mais desfrutará dele, é exclusivo, mesmo que os caminhos mudem, as vidas se desencontrem você guardará, pois amores, são amores, são coisas exclusivas, são únicos, não existe amor igual a amor, é sempre diferente. Sempre esperamos por luas, luas e mais luas, esperamos, sempre esperamos.

A vida é cheia de portas, que encontramos e saímos no decorrer da vida, eu classifico em duas categorias de portas da nossa vida, as portas da burocracia, e as portas de amor, que (no caso as de amor) são diferenciadas por um laço em cima delas. As portas de burocracia representam à parte burocrática de nossa vida, as etapas naturais de desenvolvimento, como por exemplo, saio da infância para a adolescência, da adolescência para a vida adulta, abro e fecho portas. As portas de amor são diferentes, são vínculos de sentimentos que deixamos ao entrar e sair de portas burocráticas, são sub-portas movidas por saudade e fantasia. As portas burocráticas são impossíveis de controlarmos, não dependem de nossa vontade, aí então Deus criou as portas de amor, controladas por nós e nos dão liberdade de amarmos e esperamos qualquer pessoa, qualquer coisa independente da distância, das proibições de nossas vidas ou plano que ela esteja, a saudade sempre alimenta essa porta aberta de amor, então amamos a cada dia aqueles que esperamos.

Agora quero dar um conselho muito útil (apesar de não gostar de conselhos) nunca devemos fechar portas de amor por orgulho, por achar que assim nos pouparemos de sofrimento, bobagem, pois assim sofreremos mais ainda, choraremos mais ainda (claro que escondido, pois sempre temos que demonstrar dureza e falta de sentimentos para as pessoas que nos cercam) devemos esquecer de tudo e entrar, sempre que possível, nas portas de amor e encontrar nossos amores, e realizar nossos desejos, nossos sonhos de muitas noites, tardes de solidão e dias de saudade, mesmo que por momentos efêmeros, mesmo assim, viva o momento, pois é de um mosaico de coisas efêmeras que construímos nossas memórias de felicidade, não existe felicidade sem fim, não podemos exigir isso de nossos amores, não podemos querer isso, é falta de inteligência.

Agora eu penso: quantas pessoas vivem a esperar algo que ninguém imagina nem seus amigos e familiares mais íntimos, nem seu caderno de anotações, nem seu diário, ninguém sabe, ninguém idealiza, só ela sabe, só ela espera, mesmo sabendo que a cada dia que passa ele está cada dia mais longe, que as portas burocráticas se fecham cada vez mais rápido, que a velhice esteja chegando e tragando o rosto bonito pelo qual se apaixonou, não importa espera-se e deseja-se que tudo tivesse sido diferente, que o mundo desse duas chances para cada um, uma das chances era pra viver assim, mentindo, enganando a si mesmo, o outro era pra sinceridade, faríamos apenas o que o nosso coração mandasse, sem capas, falaríamos muito mais de amor, de coisas bonitas, de flores, de rosas, falaríamos com quem nos trouxesse prazer, em nossas festas de aniversário estariam todas as pessoas que gostaríamos que tivessem, diferente de como acontece hoje, ou você vai me dizer que em suas festas de aniversário estão todas as pessoas que você queria que estivessem, não, algumas não estão, são incompatíveis com a vida que você leva, você não pode dizer que gosta delas, não pode dizer que elas lhe fazem bem, é contra as regras.

Continuo sofrendo de nostalgia, agora estou sentindo falta da universidade, das minhas amigas, dos meus professores, agora que estou distante sinto falta, apesar de termos feito o trato de sempre estarmos em contato, sinto falta mesmo assim, pois é mentira, todas as turmas fazem esse trato pra minimizar a dor da partida, mas na verdade, a maioria de nós nunca mais vai ser ver, talvez a gente se veja nos supermercados, aí ficaremos olhando com olhos serrados pra lembrar se conhecemos, então lembraremos e diremos você estudou comigo, lembraremos de nossos outros colegas, talvez trocaremos algumas informações sobre outros colegas (onde estão ou o que estão fazendo, os que se foram) e nos despediremos discretamente, meio sem jeito, nada comparado aos dias que passamos na universidade, isso nunca mais voltará.

Creio que talvez isso seja uma das razões da vida, viver a esperar, então fiquemos a aguardar, a sentir de longe quem aguardamos, talvez nós, também sejamos aguardados por alguém, às vezes até sabemos, outras vezes não, às vezes até queremos ir, outras vezes não, às vezes esperamos por quem nos espera, outras vezes não, às vezes vamos atrás de quem esperamos, outras vezes não, às vezes quem esperamos volta, e faz de nossas vidas uma feliz história de amor, outras vezes quem esperamos nunca volta, aí então, olharemos pro jardim que cultivamos pra celebrar sua volta e dizemos, meu amor, porque você não veio?


sexta-feira, 14 de março de 2008

Quando meu corpo fica triste...

Se tem alguma coisa q pode definir um homem essa palavra é “enganado”. Passamos a vida toda sendo enganados, passados pra trás, passam vida toda se aproveitando da nossa boa fé, da nossa ingenuidade, do nosso amor. Mas o pior não está ai, o pior é quando a gente olha pra trás é vê que quem mais enganou a gente foi a gente mesmo, fingiu não ver o evidente, fingiu que tudo estava bem, que tudo poderia se arrumar, que o que estava sujo poderia ficar limpo, que a escuridão poderia ser luz, mas ai as coisas vão passando, e vc começa sofrer as consequências de suas inconsequências, tudo começa a doer, a apertar, vc não consegue mais suportar, e acaba por se destruir cada dia um pouco mais.
Tem gente que consegue passar sua vida inteira fingindo estar tudo bem, acreditando em desculpas estupidas, rindo de mentiras. Tem gente que nasceu para ser coadjuvante, ser figurante de estorias de mentira, estorias de conto de fadas. Tem gente que passa a vida toda como “quebra galho”, sentado no “banco de reservas” fazendo sombra pro sucesso ou pro amor dos outros.
Eu nasci pra ser primeiro, eu não sei perder, não sei ser enganado, não sei ser 4º, 3º e muito menos 2º, fui programado pra sempre vencer. Vencer é a razão da minha vida, e quando isso não ocorre, vou morrendo, meu corpo fica triste.

O segredo esta em se acostumar

Hoje já estou na minha casa, fico bem melhor quando estou aqui, odeio capitais (acho q sou um menino da roça mesmo) quando estou longe lembro-me de Alice no país das maravilhas, “não há nada melhor do que a casa da gente”. Minha casa me trás segurança, apesar de saber que,hoje, não estou tão seguro assim, mas isso é outra coisa, é tipo assim uma luta do bem contra o mal, e eu fico muito feliz de estar do lado do bem.
Mudando um pouco de assunto.... Estou feliz pois os efeitos colaterais dos antidepressivos estão se amenizando, acho q meu corpo está se acostumando com eles, agora só falta eu, como pessoa me acostumar com eles, pois no fundo no fundo acho que vou ter q me acostumar com eles e com muitas outras coisas que eu tenho vergonha de dizer aqui, mas que se vcs assistirem o filme “Uma mente brilhante” irão entender completamente, existem algumas diferenças mas também há semelhanças. O segredo esta em se acostumar

quarta-feira, 12 de março de 2008

A cura está na verdade.

Não posso falar aqui, mais ontem tirei um peso enorme das minhas costas, tive coragem de fazer o q é certo, fazer uma justiça q precisava ser feira. Isso me ajudou bastante.
ontem também fui a psicóloga, uma pessoa fantástica, consegui esclarecer muitas outras coisas que estava precisando, vejo ela como uma lanterna no meu caminho escuro. Fui também ao psiquiatra e ele ficou feliz com a minha melhora e até mesmo diminuiu os meus remédios q estava me fazendo tanto mal. Hoje estou feliz....

terça-feira, 11 de março de 2008

EU PRECISO ACREDITAR EM JARDINS

Esse é um Texto um pouco antigo que fiz a uns anos atrás, mas está servindo muito pra mim esses dias. quando li, senti uma força especial, sei q muita gente sente o que eu sinto, por isso resolvi posta-lo, pra falar ao coração de quem precisa...






EU PRECISO ACREDITAR EM JARDINS

Hoje resolvi escrever e assim me dedicar às pessoas que me gostam em silêncio, sim, em silêncio, descobri que existem pessoas que me admiram sem dizer, certo dia, certo alguém, que até então não conhecia me surpreendeu, ela tina simplesmente todos os meus artigos, e músicas escritas em um caderno, sabia minuciosamente todas as vezes que tinha tocado em público e gravações, em fim, sabia de coisas que até não lembrava mais, inclusive uma gravação que nem eu mais tinha, então ela pediu que eu assinasse seu caderno de perguntas, então prontamente me dispus, a final, não poderia deixar de fazer isso por uma pessoa que me prezava tanto. A ultima pergunta da ultima pagina era eu que fazia para ela, então perguntei, porque você se interessa tanto pelo o que eu escrevo? então ela me respondeu, porque suas letras de música e palavras de artigos, são letras e palavras de sonho, de esperança, de despertar, e eu preciso disso, minha realidade é muito dura, eu preciso acreditar nisso para continuar.
Juro, que nunca esperava que alguém me admirasse secretamente assim, ao contrário, sempre pensei que tinha muita gente que me odiava em secreto, mais que gostasse, não acreditava, mas isso não importa, o importante foi à resposta que aquela menina me deu, isso martelou dias e dias na minha cabeça, não conseguia ignorá-la, até que eu tentei, mais não conseguia de forma alguma cumprir meu desejo de silenciar-me, não queria mais falar a ninguém por meus textos ou músicas, estava muito cansado e decepcionado com tudo, não queria mais que ninguém me ouvisse, achava que eu tinha decepcionado, que tudo que eu falava sobre mudança, sonhos, desejos, não eram verdade, que o sonho de construir um homem liberto, pensante e singular não poderia ser concreto, que a vida poderia ser diferente e com mais cor, era apenas um sonho, estava cansado, triste, e convencido de que eu tinha sonhado o sonho errado, e que os sentimentos eram pra ficar mesmo, adormecidos. Porém, o que aquela moça me disse me tocou de forma diferente, então lembrei-me de uma parábola que escutei a anos atrás contada por Herbert de Souza em uma campanha publicitária na TV, e era mais ou menos assim: Certo dia um caixeiro viajante que passava no interior de uma pequena cidade observou um homem que pregava insistentemente sua ideologia aqueles que caminhavam pela pequena praça da cidade, o que intrigava aquele homem (o caixeiro), não era a ideologia que ele pregava, mas sim o entusiasmo que aquele pregador demonstrava mesmo que todos ali o ignorassem. Então o vendedor prosseguiu sua viagem às milhares de outras cidadezinhas pequenas espalhadas pelo Brasil. Porém, muitos e muitos anos depois o caixeiro acabou voltando àquela cidade, e por mais impressionante que parecesse, o mesmo homem, agora bem mais velho, pregava com o mesmo entusiasmo a sua crença aos que passavam pela mesma praça. Não conformando com o que via foi o viajante ao encontro do pregador e lhe perguntou:
- A mais de 20 vinte anos vim aqui nesta cidade e vi você aqui neste local falando seus pensamentos as pessoas que passam pela rua, mas você já percebeu que ninguém lhe ouve? Ninguém lhe da atenção, porque não desiste?
Então respondeu sabiamente o pregador
- Minha missão maior e convencer essas pessoas da minha ideologia, se ou me calar essas pessoas que estarão me convencendo ao silêncio.
Descobri que estava convencido ao silêncio, mais não ao silencio do corpo, pois o silencio do corpo cala apenas nossas bocas, mais não nossa alma, eu estava convencido ao silêncio do coração, silêncio que destoe a individualidade, a singularidade, a minha vontade de viver. Talvez o silêncio do coração seja a pior das doenças, a que envenena mais, a que deixa maior seqüela, o que mata sem perceber, o silêncio simples, até que é bonito, às vezes falamos tanto com nosso silêncio quando ele apenas é simples, às vezes calamos nossas bocas e falamos com o coração, falamos com os olhos, isso é simplesmente lindo.
Assim com os casais de namorados apaixonados se comunicam, através dos olhos e do coração, falam pouco, apenas se sentem, o silêncio é tão grande, que cada um ouve a batida do coração do outro, de maneira doce, quase que sagrada, eles apenas se sentem, se transcendem, esquecem de tudo que os cercam, vivem o presente, o momento, voltam a ser criança, que são sabias, e vivem uma coisa de cada vez, não acreditam no amanhã, e por isso são felizes, não importa o sofrimento que os cerca, são apenas felizes.
Hoje resolvi escrever para me apaixonar de novo pela vida, me apaixonar pela idéia de tudo ser diferente, me apaixonar pelas coisas que eu faço, pelas coisas que eu escrevo, que eu penso, é preciso se apaixonar todos os dias para que as coisas sejam um pouco menos difíceis, não que a paixão seja sempre alegre, ela é triste, então devemos aprender a conviver com a tristeza, torná-la sua companheira, às vezes, sua única companheira, sua ajudante, sua crítica, é preciso domesticá-la e deixá-la sobre controle, não se pode aborrecê-la, nem subestimá-la, apenas respeitá-la e deixá-la em paz, não se pode negá-la, esse é o preço dos que desejam viver apaixonados, a paixão é sempre triste, é sua condição, e sua sentença para aqueles que se habilitam, a paixão é triste, as vezes representada em forma de saudade ou decepção, mais ela é sempre triste, mas nunca acomodada, é triste pois os apaixonados são seres transcendentes e a transcendência e o que representa a grandiosidade do ser humano, a sua condição infinita, do querer mais, do poder mais, do quebrar tabus, ir além, buscar sempre mais, transcender é conquistar o improvável, é se arriscar por caminhos desconhecidos, é imaginar o que não se pode imaginar e querer o que não se pode querer, é passar por barreiras consideradas impossíveis.
Vou me apaixonar de novo, vou me dedicar àqueles que gostam de mim. Eu queria dizer que eu também escrevo para amenizar minha realidade, escrevo quando minha realidade é quase insuportável, quando a tristeza me desola, quando a saudade bate forte, eu preciso acreditar que existem coisas belas, eu preciso acreditar em jardins.

Paulo Roberto Braga

É preciso assumir...

Existem momentos na vida da gente que e preciso assumir, que não da mais pra esconder, que é preciso desabafar, que é preciso limpar a alma, fazer uma faxina geral, admitir fraquezas e pedir ajuda. Tudo isso é muito difícil, muito complicado, mas existe um dia q a bolha estoura, e vc não tema mais como esconder. Hoje eu consigo dizer,eu preciso de ajuda.... e cada dia q amanhece é um milagre de Deus.