segunda-feira, 28 de abril de 2008

Video

Video da música "Só Por Você", que inclusive ja disponibilizei a letra aqui no blog. ta um pouco ruim pois foi gravado no celular, mas da pra curtir.



Só por você


Quero a luz serena desse teu olhar,
Mesmo já sabendo que não vou mais te encontrar.
(querer assim)
Quero um novo dia a cada amanhecer,
Mesmo já sabendo que não mais me entender.
Será covardia ou indecisão,
Deixar de percorrer as inconstâncias do meu coração.
Será que vou estar ao entardecer,
Dias que não virão a acontecer,
Aqui já não, da mais.
Sonhos dessa vida sempre são iguais,
Muitos se desfazem nos seus próprios temporais,
(Tudo então)
Tudo é mais difícil que se possa ter,
Nem toda novela e contada na TV.
Sempre a realidade é um pouco mais,
Toda história sempre foi vivida a pouco tempo atrás.
Nunca vou te dizer, que é eterno assim,
Volto a procurar, em nosso jardim.
Pra me lembrar De ti.
Meu amor, para onde quer for,
Sentirei alguma dor,
Vento muda a direção,
Mesmo então.
Sentirei teu coração,
Bem difícil de entender,
Cantarei a mesma canção,
De algum tempo atrás,
Só por você.

Musica: Paulinho

Dicas

Hoje estou apenas para dar dicas de coisas legais, a primeira são dois excelentes livros do escritor Rubem Alves, O amor que acende a lua (clique e compre o livro) e O mundo num grão de areia (clique e compre o livro) para se ouvir, a dica é o Cd de coletâneas do U2 The Golden Unplugged Álbum (clique para baixar ou comprar o cd) e pra descontrair deixarei mais um poema do chileno Pablo Neruda e um de Mario Quintana chamado, canção do dia de sempre.




Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.

Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.

Pablo Neruda




Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Aos 24 dias de abril

Hoje é dia do meu aniversário, a primeira coisa que vem em nossas cabeças quando falamos de aniversario é bolo, a segunda balão, depois desses dois símbolos, que são universais na cabeça de todo mundo, as coisas podem variar um pouco, uns pensam em tortas e brigadeiros, outros pensam em cerveja, churrasco e música alta. Isso é resultado do processo de simbolização que nossa cabeça sofre durante nossa vida, simbologia que talvez não represente nada pra nós, mas que foi plantada em nossas mentes, empurrada, tatuada. Hoje vivo no que chamo de processo de desintoxicação do meu cérebro, desintoxicação de símbolos alheios, vou criar meus próprios símbolos para representar o que sou. Na minha cabeça já não me vem bolo e balão, muito menos cerveja e pagode, na minha cabeça passam coisas mais profundas, símbolos mais bonitos.

Não quero que cantem parabéns pra você pra mim, porque não gosto do final dessa canção, esse negócio de muitos anos de vida não é certo pra todo mundo, o certo seria assim: mesmo que poucos, intensos anos de vida. Tem gente que não suportaria muitos anos de vida, não desejaria 10 anos de coma pra alguém, ou quem sabe 7 anos com seqüelas de um derrame cerebral e muito menos 4 anos de depressão. Tem gente que prefere a intensidade do tempo, como eu. Não faço questão de muitos anos de vida, faço questão de bons anos de vida, ou quem sabe, um bom último ano de vida, desde que seja o melhor deles.

Através da simbologia que nos foi plantada, passamos a ter pavor à morte, e alegria pelos aniversários, como se as duas palavras morassem em lados opostos da vida, sinto muito lhes informar que isso não é verdade, aniversário e morte são sinônimos, são duas palavras que andam de mãos dadas. Vejam bem como as simbologias alheias nos pregam peças, sopramos nossas velas de aniversário com a maior felicidade, sem ao menos notar que esse ato representa menos um, ou seja, menos um ano que você já não tem mais, pense que sua vida fosse como um imenso campo escuro com velas acesas, a cada ano que passa você mesmo vai lá e sopra uma vela, ano após ano, até que o dia você, sem saber, na maior festa, com bolo, brigadeiro e pagode, apaga a ultima chama de sua vida, que horrível não? Mas é assim que fazemos, adotamos símbolos alheios sem ao menos questionar. Esse ano eu poderia acender uma vela, só pra ser chato, só pra fazer algo que realmente tivesse sentido, mas não vou fazer isso, pois não desejo anos de vidas que não são meus.

Assim como Rubem Alves, não sei quantos anos tenho, ou melhor, ainda tenho, pois isso ninguém sabe, só posso dizer dos anos que não tenho mais, das velas que já foram apagadas, essas sim eu conheço, são exatamente 26. Porem, as velas ainda acessas, não posso contá-las, ninguém pode ver. Mas estou tranqüilo, não sou bobo de achar que alguém pode adivinhar quantas velas me faltam, sei que isso não é possível, e muito menos eu gostaria de saber, mas quando elas acabarem, eu estarei aqui, para me transformar, para que da minha morte nasça outra vida, não sou tão petulante ao ponto de pensar que comigo poderia ser diferente, que eu não precisasse ir para que outros viessem, mesmo que pudesse escolher, mesmo assim desejaria ir quando fosse a hora. Aprendi a não ter medo da morte, aprendi que tudo tem de ter final para que haja sentido, para que possa ser contemplado, nunca nos disponibilizaríamos a ouvir uma canção sem fim, ninguém gostaria de apreciar tal música, por isso que eu quero um fim para minha canção, quero que um dia alguém possa contemplar a última linha da última estrofe da última poesia que eu escrevi, acompanhada da última nota, de um som que vai ficando baixinho até acabar e se transformar em vazio, será então o meu vazio, a minha contribuição para que a vida continue, para que alguém sinta saudade de mim.

O vazio que deixarei não será um vazio qualquer, nele, conterá meu relicário, nos últimos tempos estou enchendo ele de coisas, de músicas, de poesias, de textos, de pensamentos, deixarei o conjunto de tudo aquilo que fui. Gostaria muito que minhas musicas virem CD e meus textos livros, e diferentemente dos outros, não quero que meu corpo vá parar em um cemitério e que as pessoas chorem em cima do mármore cheio de parafina, quero que meu corpo vire cinzas e seja plantado junto com a semente de uma árvore bem grande em um bosque qualquer, e quando sentirem saudades de mim, ao invés de ir ao cemitério, vá ao bosque ver como a árvore está, qual o seu tamanho, e quando estiver bem grande, que se deitem de baixo de sua sombra e lembre de coisas boas, assim quero que seja.

Resumindo e dando um final as palavras, aos 24 dias de abril desse, cada vez mais rápido ano, eu, não desejo festas, bolos, brigadeiros e parabéns pra você, desejo coisas mais intensas símbolos mais bonitos e mais profundos, hoje desejo apenas passar o dia contemplando a beleza dos meus filhos, nada mais....

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Texto de Pablo Neruda.....

Texto Muito Bonito de Pablo Neruda. Por mais incrível que possa parecer, acordei ouvindo ele hoje no programa da Ana Maria Braga, não gostava muito do programa dela, sempre achava os textos que ela lia um pouco brega, mas hoje foi diferente, adorei, fui procurar no site do programa para disponibilizar pra vcs, agora são 08:07 da noite de 21 de abril, estou ouvindo Tears in Heaven do Eric Clapton mas na voz do Emmerson Nogueira, excelente cantor brasileiro, agora me sinto em paz......


Saudades

Saudade é solidão acompanhada,
É quando o amor ainda não foi embora,
Mas o amado já...

Saudade é amar um passado
Que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe
O que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
É a dor dos que ficaram para trás,
É o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
Aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
Não ter por quem sentir saudades,
Passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Texto de Pablo Neruda

Poesia de Robert Frost

UM PÁSSARO MENOR

Quis, de fato, que o pássaro voasse

E próximo ao meu lar não mais cantasse.

Cheguei à porta para afugentá-lo,

Por sentir-me incapaz de suportá-lo.

Penso que a inteira culpa fosse minha,

E não do pássaro ou da voz que tinha.

O erro estava, decerto, na aflição

De querer silenciar uma canção.

domingo, 20 de abril de 2008

Leonardo e Eu

Acordei com uma dúvida, qual a personalidade mundial que eu mais admirava? De tanto pensar, descobri que sou uma pessoa com diversas faces, não faces de personalidade, mas sim faces de coisas que admiro e acompanho, ou seja, coisas que tomo pra mim na construção do que sou eu. Deixa eu explicar melhor, é mais ou menos assim, o que somos nós? Somos a soma de tudo aquilo que gostamos e fazemos, tomamos para nós, isso somos nós, descobri então que a soma de tudo que sou são muitas coisas, não sou especialista em nada, sou um pouquinho de cada coisa. Quando cheguei a essa conclusão fiquei um pouco preocupado, pois nos dias de hoje a globalização e as tendências educacionais apontam para o outro lado, todos querem super-especialistas para tudo, super-especialistas em digitação, super-especialistas e PHDs para pregar rótulos em latas de creme de leite, querem super-especialistas na função de apertar determinado parafuso de determinada maquina de determinada empresa que faz determinada coisa para uma determinada função do dia-a-dia, talvez isso seja mais uma forma de nos alienar? De nos impedir de pensar? Dizem que precisamos nos dedicar integralmente à determinada coisa para que possamos evoluir mais rápido, e que se estudarmos muitas coisas acabamos por não desempenhar bem nenhum papel, isso dizem os novos educadores estimulados pela pressão da qualidade total na educação que é a mais nova exigência do mercado. Só pra chatear eu sou diferente, penso diferente, a vida é muito grandiosa, cheia de possibilidades para gostarmos e nos dedicarmos a uma coisa só, tenho pena dos que fazem isso, gosto mesmo é do Leonardo da Vinci Em toda sua vida trabalhou com, urbanismo, aerologia, hidráulica, engenharia, guerra, anatomia, náutica, mecânica, botânica, pintura, filosofia, escultura, poesia, arquitetura, física, geologia, óptica e ainda arrumava um tempinho pra música.

Talvez se Leonardo da Vinci vivesse nos dias de hoje estivesse desempregado, qual empresa comportaria Leonardo? Como cumpriria seu expediente? Quem levaria a sério seu currículo? Por isso digo a vocês, daqui a um tempo, corro sério risco de estar desempregado, pois não sou especialista em nada, pois meu espírito é grande demais. Agora, então, decidi que meu blog será um pouquinho de cada parte que forma meu todo, cheguei a conclusão de que posso sem problemas comentar sobre música e dizer que estamos vivendo uma das piores crises intelectuais da história do mercado fonográfico brasileiro, posso comentar sobre livros, e dizer que os bons livros de verdade, nunca aparecem na lista dos mais vendidos, e que 90% dos livros que são comprados no Brasil, não são lidos de verdade, são comprados apenas para enfeitar as estantes, posso comentar sobre Artes Marciais e dizer que o Lyoto Machida será brevemente o campeão do UFC vencendo o Chuck Liddell no final do ano em uma luta surpreendente, posso falar sobre política e afirmar que o presidente Lula, vai sim tentar o 3º mandato e que a Dilma Rousseff é só uma desculpa esfarrapada, posso falar sobre economia, e dizer que as bolsas de valores não irão quebrar como na crise de 1929, posso falar sobre games e afirmar que a nova geração de games ira evoluir bastante a jogabilidade atual e que GTA e Winning Eleven, serão por muito tempo, ainda, os jogos a serem batidos, e que o Playstation 3 vai ser o principal console da década, posso falar de Informática e dar a dica de um site excelente que encontrei http://colunas.g1.com.br/tiraduvidas/ , posso falar como educador e dizer que nossos gestores burocratas estão acabando com a criatividade de nossos filhos, e que eu me recuso a ser um simples especialista, a não ser que deixem que eu seja um especialista em especial, que eu seja um cara especializado em pensar, ai eu aceito.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A Walk To Remember

Existem idéias que ficam por dias na minha cabeça mas, não consigo encontrar palavras para explicá-las, então as deixo guardadas na minha caixinha de idéias-sem-palavras, assim como os delegados fazem com crimes sem solução, os arquivam, assim faço eu, arquivo minhas idéias sem solução. Essa minha caixinha de idéias-sem-palavras está superlotada, do mesmo jeito que está lotado os arquivos de crimes não solucionados pelos delegados, porém há, uma diferença muito grande entre eu, e os delegados, eles não estão nem um pouco preocupados com os seus casos não resolvidos, quando os arquivos enchem, compram outro armário maior para que caibam mais casos não resolvidos. Já eu, não consigo comprar e nem aumentar minha caixinha, isso me causa dor de cabeça, e ter dor de cabeça é muito chato. Porém, assim como acontece nos casos de crimes arquivados, uma nova evidencia aparece, e um investigador (daqueles novatos ainda estimulados com a carreira) em uma madrugada sem sono, tem um estalo, monta o quebra cabeça e consegue solucionar o caso e fazer justiça. Assim sou seu, colho a evidencia, e justamente em uma madrugada sem sono (que são muitas) consigo dar palavras a minha idéia, e assim soluciono o meu caso, que no fundo, sei que não é só meu, é um caso que muitos esperam por solução, e nem mesmo sabem disso.

Há tempos, descobri que o mundo das palavras escritas é muito restrito, e falar através delas algumas coisas é muito difícil, é preciso inventar códigos, que só são decifrados pelas pessoas certas. Esse código até que tem nome, ele chama-se metáfora, por exemplo esse é o artifício utilizado pelos poetas para explicar a inexplicável experiência do apaixonamento. Só através da metáfora se diz algumas coisas. Metáforas e poesias não se explicam se sentem, e se não se sente, não adianta tentar explicar, pois é coisa que vem de dentro e não de fora.

Há algumas semanas atrás desvendei dois grades mistérios através da ajuda de dois filmes que assisti, (não gosto muito de filmes, e nem gosto muito de escrever sobre filmes, mas esses foram especiais) com duas metáforas simples, a primeira solução veio do filme “Um amor pra recordar”( Titulo Original: A Walk To Remember,Gênero: Drama / Romance Duração: 101 min Ano: 2002) nesse filme, descobri que existe a beleza bonita e a beleza feia, mas que a beleza feia pode se tornar bonita pela experiência do amor verdadeiro, eu já desconfiava disso mas não sabia como dizer. Aprendi também que experiências de amor verdadeiras são atemporais, estão acima das leis do tempo, vivem em uma outra estação, onde as ações envelhecedoras do tempo não funcionam, essas experiências, moram em uma casa simples de manhãs sempre cobertas por nevoa, de gramas verdes, de um gramado infinito, de telhado de telhas de barro e uma grande varanda com plantas de flor ao redor, acho muito parecido com as poesias de Robert Frost. Lá não há celulares, nem computadores e muito menos televisão, qualquer uma dessas coisas quebraria o encanto e faria com que o tempo voltasse a correr, lá moram as essências dos nossos sentimentos, sentimentos ainda puros, cristalizados para que possamos lembrá-los de maneira ainda verdadeira, sentimentos sem a mistura envenenada do interesse.

Outro filme que me fez revelações valiosas chama-se: “Um sonho de Liberdade” (Título Original: The Shawshank Redemption, Gênero: DramaTempo de Duração: 142 minutos, Ano de Lançamento (EUA): 1994). Descobri através dele que a verdadeira liberdade pode estar em nossa maior prisão, e que muitos vivem presos dentro de si mesmo pelo medo da frustração. Porque o pavor das frustração? Já deveríamos estar acostumados com elas, são tão corriqueiras, não vale a pena esquecer do nosso sonho de liberdade, mesmo que às vezes distante. Não vale a pena entregar os pontos e deixar a vida passar, como dizia Renato Russo em sua poesia chamada Natália:

É preciso acreditar num novo dia, 
Na nossa grande geração perdida,
Nos meninos e meninas, 
Nos trevos de quatro folhas, 
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza, 
Mas estamos vivos ainda. 
 

Descobri então que Adoro recordar minhas experiências atemporais e procurar meu sonho de liberdade (acho que a graça da vida é procurar) essa semana fui à casa de gramado infinito, fiquei lá por um tempo, foi muito bom, descansei meu espírito, andei de mão dadas com a inocência e brinquei com a pureza dos meu 15 anos, mas tive que voltar, para atender meu celular, todos estavam preocupados, fechei a porta bem de vagar para não acordar quem lá dormia o sono da eternidade, um dia quem sabe eu não volte, não marcarei datas pois lá não existem calendários e nem relógios, não há sistematizações, mas voltarei, sei que lá, não se trata de um lugar para fazer morada, é apenas para visitar e depois sentir saudade gostosa, lá é pra sentirmos liberdade e descobrir que estamos vivos ainda.

* Desculpem por passar a semana toda sem postar, estava na casa de gramado infinito, e lá não tem computador.

Paulo Roberto do Carmo Braga 15 de abril de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

NO NOSSO AMOR...



Se eu disser que não da mais?
Toda falta sem você aqui?
Teu silencio teu amor enfim o teu sorriso?

Se eu disser que não da mais?
Toda falta que você me faz?
Tua ausência vai me ensinar a ser sozinho?

E cada dia mais,
Vai me ensinar a ser mais forte pra poder viver.
E cada dia mais,
É certeza que a tua força sempre está aqui.

Queria um dia te dizer,
E tão difícil se encontrar assim sozinho.
Queria m dia entender,
Não ver o mundo sem achar nenhum caminho.

Não sei se vou poder falar de toda vida?
Se eu disser que não da mais.

Não vou poder falar do que restou das flores?
E não tê-la nunca mais.

Se eu disser que não dá mais,
Eu farei uma canção pra ti.
Que é pra ti dizer,
Meu amor eu lembrarei você.
E pra você me olhar,
E lembrar de tudo que passou.
No nosso amor.

Não voltarei jamais,
Esquecer de tudo que eu vivi.
Não voltarei jamais,
Mas estaremos para sempre aqui.
Quando você voltar,
Vai lembrar de tudo que passou,
No nosso amor.

sábado, 5 de abril de 2008

PRECISO TE AMAR....

Essa é uma das pouquíssimas músicas minhas que não conta uma história que aconteceu especificamente comigo, na verdade, no fundo minhas canções são um diário de metáforas, mas essa canção conta a história de um amor que a vida interrompeu, uma história sem final feliz, uma história que não se vê em novela, ninguém gosta de escrever, mas é uma história real, que acontece todos os dias com alguém e nos ensina que é preciso falar o que o coração pede, o mais rápido possível, antes que o dia acabe.


PRECISO TE AMAR

Clara é à noite, quando estás aqui.

Não sei por que, não posso mais te ouvir.

Teu silêncio vai matar meu coração.

Se você partir que não demores muito.

Pois preciso te amar de coração,

Preciso te encontrar,

Preciso ser feliz,

Preciso te amar.

Ser feliz é sempre Não entristecer,

Amara é sempre amar, e nunca esquecer,

Sempre as flores vão mostrar minha paixão,

Quando você voltar, que me conquistes sempre.

Quantos olhos tristes, que trazer indecisão.

Suas mãos que estavam aqui, agora tocam o chão.

Como posso te dizer pra acreditar.

Mesmo sem poder eu posso te encontrar.

Quando você voltar.

Meu doce amor.

Preciso te amar.

É tão cedo pra dizer,

Mais foi tarde pra você.

Vejam a vida de nós dois,

Nunca deixe pra depois.

Há de haver algum lugar,

Onde eu possa te encontrar.

Onde eu possa te dizer,

Vou ficar só com você.

Só com você...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mais uma Música


Aqui vai mais uma letra de uma música inedita, quem sabe um dia eu não cante ela pra vcs, só posso dizer que se trata de um tipo de música pra ouvir sozinho, bem baixinho, de preferência ao entardecer, sentado no chão, escutando o som do silêncio.





EM SILÊNCIO


Vamos pedir a Deus, e as pessoas de boa vontade,

Com toda cor então, alegria, desejo e saudade,

Vamos pedir a Deus, que a força me seja verdade,

Sempre verei em ti, olhos lindos, silêncio e coragem.


Voa leve então, para bem mais longe.


Vamos pedir a Deus que o silêncio disfarce a saudade,

E me ensine enfim na ausencia te em verdade.

Vamos pedir a Deus, que a distancia nos seja serena,

Que tudo acabe aqui, com um adeus e um pequeno poema.


Voa leve então, para bem mais longe.


Vai então, foge dos meus olhos,

Leva essa tristeza, deixe-me aqui.

Vai então, leva teus momentos,

Leva o teu perfume,Deixe-me aqui,

Meu amor.

Se foi de ser assim que deixe ser,

Sem nada a dizer, ou falar.

Se mesmo assim, o mesmo vento te encontrar.

Onde encontrava, só nós dois,

Não deixe entrar, uma tristeza,

Que outrora já se foi em um poema

De amor.


Paulo Roberto Braga



terça-feira, 1 de abril de 2008


A BEIRA DO CAMINHO

Para onde estou indo? Onde quero chegar? O que isso vai me trazer? Essas perguntas são essências serem feitas pra si periodicamente. Eu por exemplo acho que demorei muito tempo para faze-las, as vezes é preferível ficar parado do que prosseguir, pode até parecer estupidez mas descobri que essa é uma das grandes verdades do mundo, as vezes é melhor ficar parado.

Nunca me conformei com aquelas pessoas que passam 30, 40 anos na mesma situação, no mesmo emprego, na mesma vida. Mas algumas coisas me fizeram entender que tudo tem seu sentido, às vezes ficar parado é a melhor solução para algumas vidas. Muitas pessoas não estão preparadas para pagar o preço de conhecer caminhos diferentes, muitas pessoas entram em becos escuros, outros comem ervas venenosas da beira da

estrada, alguns se perdem, e outros morrem de cansaço, muitos morem de saudade de onde partiram por não encontrar nada de verdadeiramente importante na sua chegada. Eu parti, em busca de novos caminhos. Poderia ter escolhido ir para o outro lado do bosque, alguma coisa me dizia que era mais seguro, era mais calmo, porém, bem mais demorado. O outro lado era bem mais atrativo, sedutor, prazeroso, arriscado e curto. Os conselhos das velhas arvores, altas, e experientes, por tudo verem lá de cima, nada me adiantou, mesmo sabendo do risco, criei a falsa expectativa (que no fundo nem eu mesmo acreditava) que tudo poderia ser diferente, que eu poderia consertar esse caminho, que durante esse percurso eu poderia semear erva-cidreira e camomila, e sentir o cheiro delas durante minha caminhada, achei que poderia cortar as ervas daninhas e podar ciprestes para que a luz pudesse iluminar meus caminhos, e assim afugentar todos os lobos e raposas que ali viviam, fui induzido a acreditar que os corvos que ali habitavam já não eram tão maus, que tudo não passava de lenda. Tudo estava sob controle, pois meus olhos eram olhos especiais, meus olhos, apenas eles, viam pedras preciosas pelo caminho, eu poderia junta-las, aos montes, e no momento oportuno construir meu castelo, minha fortaleza. Tão segura, e tão sólida que nada ou ninguém poderia invadi-la.

Comigo levei uma rosa, uma rosa vermelha, que já achava não conter mais espinhos, levei-a em uma caixa de vidro, com todo o cuidado, com toda a esperança de que se tornasse uma flor, na verdade até vi nela uma flor, em uma de minhas miragens de paixão, caminhei por dias e dias, sem parar, com intuito de chegar ao lugar desejado. Ande apressado, até corri em alguns instantes, me tornei impaciente, irritado com a demora, tudo por achar que minha flor poderia murchar por falta de um castelo. Até que enfim cheguei, juntei minhas moedas que recolhi pelo caminho, que de fato me pareceu muito calmo, sem perigos ou ameaças e comecei a construir ao redor da minha caixa de vidro preciosa, o melhor castelo que minhas mãos poderiam fazer, com as pedras mais fortes. Invadi dias e noites a procura das madeiras mais nobres para minhas portas e janelas, da fechadura mais segura que minhas moedas poderiam comprar, então me envaideci, achei que estava seguro, mesmo que todo dia eu ainda aumentasse a altura do meu muro, achei que era supremo e inabalável, e que todo cuidado que eu ainda tomava era apenas para satisfazer meu ego.

Como toda parábola tem que ter uma lição moral a ser repassada, minha história não poderia ficar assim, então Deus, o todo poderoso, que até então não tinha citado, castigou minha arrogância, minha vaidade. Nas minhas viagens em busca de moedas de ouro para alegrar minha flor, os lobos e as raposas invadiram meu castelo, com a sedução de muito mais ouro que minhas mão pudessem trazer, com promessas de castelos muito maiores e bonitos que o meu, então na minha volta minha flor se transformou e rosa e cravou um grande, longo e venenoso espinho em meu coração, então percebi que aquela rosa sempre tivera sido rosa durante todo o tempo, e que seus espinhos sempre estiveram ali, que os lobos e raposas se escondiam atrás das arvores quando eu passava e que meu castelo era muito pequeno. Mas o espinho cravado pela rosa em mim, não me matou, pois não era pra matar, era apenas pra adoecer, pra me deixar sem forças, a me arrastar pelos caminhos frios escuros e tristes do bosque do mal, e ser zombado torturado e humilhado pelos corvos que um dia achei que já não faziam mais isso. Descobri então que o mal é articuloso, ele nunca demonstra ser mal, ele atrai com promessas de bondade, com olhos de arrependimento, de regeneração, se aproveita do sentimento mais nobre que você possa ter e lhe domina. Hoje me arrasto, sem forças, quase louco pelo barulho zombador dos corvos, sinto muita saudade de onde parti, bem melhor seria se tivesse ido para o outro lado, ou simplesmente tivesse ficado parado, talvez esse fosse o plano de Deus para mim, mas não, sei que estou muito distante do começo, e muito mais distante ainda da outra extremidade do bosque. Me arrasto sem noção, apenas com a certeza de que não conseguirei ficar assim por muito tempo, então compreendo a existência de ervas venenosas a beira do caminho.

Paulo Roberto Braga 01 de abril de 2008