Depois de 4 longos anos,
finalmente terminei Barcelona, minha segunda obra literária, não sei muito bem
definir do que o livro fala especificamente, acho que fala de um montão de
coisas do coração e da alma. Nos últimos meses me dediquei bastante para terminar a obra,
espero que gostem, e conto com vocês para a divulgação do livro. Pois tenho que
admitir que não sou muito bom em fazer marketing, então vou precisar que curtam e compartilhem o máximo possível esse post e o link do livro. Como forma de degustação,
disponibilizo o primeiro texto do livro que se chama “Tomate” e explica algumas
coisas interessantes pertinentes ao livro. Espero que gostem. De coração...
TOMATE
Sabe de uma
coisa? Definitivamente não gosto de modismo, coisas efêmeras não atraem minha
atenção. Por exemplo: agora, no exato momento em que estou escrevendo esse
texto, ouço um disco gravado há mais de duas décadas. Pra alguma coisa
realmente me agradar, não tem como pré requisito que agradem aos outros. Não
gosto de nada só porque todo mundo está gostando.
Não é que eu
seja resistente a coisas novas, longe de mim, por exemplo: adoro a tecnologia,
mas gosto, porque acho bom e não porque meu vizinho gosta; leio bastante sempre
sobre o assunto e tenho diversos equipamentos eletrônicos, e às vezes dou até
aulas sobre o assunto.
Tenho um
perfil em uma rede de relacionamentos (Facebook)
o qual, uso mais para mostrar meu lado descontraído e divulgar, minhas obras
(Sim, obras no plural, Livros e Músicas).
No referido
perfil, tenho vários “amigos” que não conheço, parece estranho não? Sim, mas
nos dias de hoje isso é possível e até normal. Acho legal, pois no meu ponto de
vista, uma das coisas mais interessantes nesse tipo de comunicação é conhecer novas
pessoas.
Pois bem,
semana passada divulguei o lançamento do livro, e habilitei a função de
conversar Via Chat com as pessoas (coisas
que quase nunca faço, pois sou naturalmente meio impessoal, não gosto muito de
comunicação direta). Logo em seguida entrou em contato uma “Amiga” desconhecida
e disse:
-Não sabia que era escritor
Respondi:
- Nem eu
- Rsrsrsrs (isso quer dizer riso nos dias de hoje, acho meio
estranho, mas é assim).
- Pq vc ri?
- Pq é meio estranho esse negocio de escrever livro
-Você já leu algum livro?
- Hummm, acho que não.
- É realmente deve lhe
parecer estranho mesmo.
- Como mesmo vai ser o nome?
- Barcelona?
- O que é Barcelona?
- É a capital da Espanha
- Hummm, vc já foi La?
- Não
- ????????? Como você vai escrever sobre uma cidade que
nunca foi?
- Pq eu não escrevi sobre
a cidade.
- Então pq o nome é Barcelona então?
- Pq o nome remete a
outros pensamentos que não necessariamente são uma descrição da cidade.
- Humm, agora vc me confundiu. O que é remete?
- Não é nada muito importante não, deixa pra
lá.
- Vc está me achando burra ne?
- Claro que não. (daqui
pra frente comecei a ser sarcástico)
- Alem dessa cidade, fala mais de que.
- De um monte de coisa,
música, comportamento, educação.
- Legal, adoro música, gosto do Thiaguinho, Gang do eletro,
Gaby Amarantos e Calcinha Preta, tem alguma musica deles lá.
- Tem sim, muitas.
(Ironia nível 100)
- Égua legal (pra quem não é paraense, essa frase não foi
uma ofensa, foi uma comemoração), quanto vai custar?
- Uns 30 e poucos reais
mais ou menos.
- Égua, tudo isso? (Agora sim ela me ofendeu)
- Tudo.
- Com esse preço da pra comprar uns 4 quilos de tomate. (no
atual momento o tomate esta com preços elevadíssimos devido à falta de
competência do governo, por esse motivo virou a “piada da moda”. Até mesmo
gente que não come tomate reclama, só pra ficar na moda também.)
- É verdade.
- Se eu conseguir um dinheiro eu vou comprar seu livro.
- Não, acho melhor vc não
fazer isso.
- Pq?
- Acho melhor vc comprar
os tomates.
- Poxa.
Pois bem,
depois dessa dose cavalar de bobagem, desisti de fazer comercial do livro via Chat
do facebook.
Eu não sei
necessariamente explicar o tema do livro, talvez ele não tenha um tema especifico.
Talvez a mensagem, ou o assunto, dependa de quem esteja o lendo. Sim, Certa vez
uma pessoa me disse gostava das minhas lições de espiritismo, achei estranho,
pois nunca escrevi especificamente sobre o tema. Então percebi que não
interessa o que se pensa em dizer, mas sim o que se aprende daquilo que você
disse. Cada um ouve a história e tende a adequar a sua realidade, a seus
sofrimentos, alegrias ou tristezas.
Na verdade o
livro é oriundo do blog (www.paulinhodiario.blogspot.com), e de textos
exclusivos. Todos os textos que estiverem datados, e porque foram retirados do
blog - é importante observar as suas datas para poder contextualizar o que
está escrito com o período; em alguns momentos tento seguir uma ordem cronológica,
mas nem sempre é assim e os textos que contam apenas com o ano, foram escritos
exclusivamente para o livro.
Outro fato
que deve ser levado em consideração é sua linguagem. Adotei o critério utilizar
uma linguagem bem recente. Algo como uma conversa com um amigo. Por isso,
algumas vezes, o português culto não vai ser levado ao pé da letra. Não acho
justo deixarmos de “ser entendidos”, para poder seguir uma norma. O bom senso é
sempre a primeira regra em todos os livros de regras. Com o português não acho
que deva ser diferente. Por isso ele também não segue as regras da ABNT, seguem
as minhas. Achei mais bonito.
Essa minha
“péssima” mania de sobreviver no meu próprio mundo, vai afastar parte dos potenciais
leitores do livro, mas não importa, tenho a ciência de que essa não é uma
literatura para todos, mas sim para poucos. Poucos terão subsídios intelectuais
necessários para achar alguma lógica na maioria das coisas que estão escritas
aqui, resumindo, não é um livro pra menina que conversou comigo via chat.
Estou eu
mais uma vez, escrevendo para meus poucos, porém bons leitores e quero
continuar assim, são essas poucas pessoas que se emocionam, que choram, soltam
gargalhadas, ou mesmo se veem refletidas em algum capítulo, que me fazem perder
dias inteiros e noites de sono escrevendo. Sei que de alguma maneira, alguém
vai estar lendo algum texto e lembrando de um momento bom, inesquecível, e que
as vezes não pode compartilhar com ninguém, mas vai estar recordando, vai estar
se sentindo feliz novamente, utilizando
a leitura como porta de transcendência, essa é minha maior intenção. Minha
maior satisfação.
Pra
finalizar, esse é definitivamente um livro que já sai fora de moda, mas é proposital,
pois se quisesse mesmo estar na moda não estaria escrevendo Barcelona, estaria
eu escrevendo um livro sobre tomates.
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Tomate
Também é o nome do terceiro disco do Kid Abelha, da Paula Toller.