terça-feira, 18 de junho de 2013

BARCELONA O LIVRO


Depois de 4 longos anos, finalmente terminei Barcelona, minha segunda obra literária, não sei muito bem definir do que o livro fala especificamente, acho que fala de um montão de coisas do coração e da alma. Nos últimos meses me dediquei bastante para terminar a obra, espero que gostem, e conto com vocês para a divulgação do livro. Pois tenho que admitir que não sou muito bom em fazer marketing, então vou precisar que curtam e compartilhem o máximo possível esse post e o link do livro. Como forma de degustação, disponibilizo o primeiro texto do livro que se chama “Tomate” e explica algumas coisas interessantes pertinentes ao livro. Espero que gostem. De coração...
TOMATE
Sabe de uma coisa? Definitivamente não gosto de modismo, coisas efêmeras não atraem minha atenção. Por exemplo: agora, no exato momento em que estou escrevendo esse texto, ouço um disco gravado há mais de duas décadas. Pra alguma coisa realmente me agradar, não tem como pré requisito que agradem aos outros. Não gosto de nada só porque todo mundo está gostando.
Não é que eu seja resistente a coisas novas, longe de mim, por exemplo: adoro a tecnologia, mas gosto, porque acho bom e não porque meu vizinho gosta; leio bastante sempre sobre o assunto e tenho diversos equipamentos eletrônicos, e às vezes dou até aulas sobre o assunto.
Tenho um perfil em uma rede de relacionamentos (Facebook) o qual, uso mais para mostrar meu lado descontraído e divulgar, minhas obras (Sim, obras no plural, Livros e Músicas).
No referido perfil, tenho vários “amigos” que não conheço, parece estranho não? Sim, mas nos dias de hoje isso é possível e até normal. Acho legal, pois no meu ponto de vista, uma das coisas mais interessantes nesse tipo de comunicação é conhecer novas pessoas.
Pois bem, semana passada divulguei o lançamento do livro, e habilitei a função de conversar Via Chat com as pessoas (coisas que quase nunca faço, pois sou naturalmente meio impessoal, não gosto muito de comunicação direta). Logo em seguida entrou em contato uma “Amiga” desconhecida e disse:
-Não sabia que era escritor
Respondi:
- Nem eu
- Rsrsrsrs (isso quer dizer riso nos dias de hoje, acho meio estranho, mas é assim).
- Pq vc ri?
- Pq é meio estranho esse negocio de escrever livro
-Você já leu algum livro?
- Hummm, acho que não.
- É realmente deve lhe parecer estranho mesmo.
- Como mesmo vai ser o nome?
- Barcelona?
- O que é Barcelona?
- É a capital da Espanha
- Hummm, vc já foi La?
- Não
- ????????? Como você vai escrever sobre uma cidade que nunca foi?
- Pq eu não escrevi sobre a cidade.
- Então pq o nome é Barcelona então?
- Pq o nome remete a outros pensamentos que não necessariamente são uma descrição da cidade.
- Humm, agora vc me confundiu. O que é remete?
 - Não é nada muito importante não, deixa pra lá.
- Vc está me achando burra ne?
- Claro que não. (daqui pra frente comecei a ser sarcástico)
- Alem dessa cidade, fala mais de que.
- De um monte de coisa, música, comportamento, educação.
- Legal, adoro música, gosto do Thiaguinho, Gang do eletro, Gaby Amarantos e Calcinha Preta, tem alguma musica deles lá.
- Tem sim, muitas. (Ironia nível 100)
- Égua legal (pra quem não é paraense, essa frase não foi uma ofensa, foi uma comemoração), quanto vai custar?
- Uns 30 e poucos reais mais ou menos.
- Égua, tudo isso? (Agora sim ela me ofendeu)
- Tudo.
- Com esse preço da pra comprar uns 4 quilos de tomate. (no atual momento o tomate esta com preços elevadíssimos devido à falta de competência do governo, por esse motivo virou a “piada da moda”. Até mesmo gente que não come tomate reclama, só pra ficar na moda também.)
- É verdade.
- Se eu conseguir um dinheiro eu vou comprar seu livro.
- Não, acho melhor vc não fazer isso.
- Pq?
- Acho melhor vc comprar os tomates.
- Poxa.
Pois bem, depois dessa dose cavalar de bobagem, desisti de fazer comercial do livro via Chat do facebook.
Eu não sei necessariamente explicar o tema do livro, talvez ele não tenha um tema especifico. Talvez a mensagem, ou o assunto, dependa de quem esteja o lendo. Sim, Certa vez uma pessoa me disse gostava das minhas lições de espiritismo, achei estranho, pois nunca escrevi especificamente sobre o tema. Então percebi que não interessa o que se pensa em dizer, mas sim o que se aprende daquilo que você disse. Cada um ouve a história e tende a adequar a sua realidade, a seus sofrimentos, alegrias ou tristezas.
Na verdade o livro é oriundo do blog (www.paulinhodiario.blogspot.com), e de textos exclusivos. Todos os textos que estiverem datados, e porque foram retirados do blog ­- é importante observar as suas datas para poder contextualizar o que está escrito com o período; em alguns momentos tento seguir uma ordem cronológica, mas nem sempre é assim e os textos que contam apenas com o ano, foram escritos exclusivamente para o livro.
Outro fato que deve ser levado em consideração é sua linguagem. Adotei o critério utilizar uma linguagem bem recente. Algo como uma conversa com um amigo. Por isso, algumas vezes, o português culto não vai ser levado ao pé da letra. Não acho justo deixarmos de “ser entendidos”, para poder seguir uma norma. O bom senso é sempre a primeira regra em todos os livros de regras. Com o português não acho que deva ser diferente. Por isso ele também não segue as regras da ABNT, seguem as minhas. Achei mais bonito.
Essa minha “péssima” mania de sobreviver no meu próprio mundo, vai afastar parte dos potenciais leitores do livro, mas não importa, tenho a ciência de que essa não é uma literatura para todos, mas sim para poucos. Poucos terão subsídios intelectuais necessários para achar alguma lógica na maioria das coisas que estão escritas aqui, resumindo, não é um livro pra menina que conversou comigo via chat.
Estou eu mais uma vez, escrevendo para meus poucos, porém bons leitores e quero continuar assim, são essas poucas pessoas que se emocionam, que choram, soltam gargalhadas, ou mesmo se veem refletidas em algum capítulo, que me fazem perder dias inteiros e noites de sono escrevendo. Sei que de alguma maneira, alguém vai estar lendo algum texto e lembrando de um momento bom, inesquecível, e que as vezes não pode compartilhar com ninguém, mas vai estar recordando, vai estar se sentindo  feliz novamente, utilizando a leitura como porta de transcendência, essa é minha maior intenção. Minha maior satisfação.
Pra finalizar, esse é definitivamente um livro que já sai fora de moda, mas é proposital, pois se quisesse mesmo estar na moda não estaria escrevendo Barcelona, estaria eu escrevendo um livro sobre tomates.
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Tomate Também é o nome do terceiro disco do Kid Abelha, da Paula Toller.