Li em um site de relacionamentos, dentre milhares de
outras coisas imprestáveis que leio por lá, um texto muito
interessante de Joaquim Cezar que fazia uma relação sobre a
paixão que me chamou bastante a atenção. Dizia ele que
quando as pessoas se apaixonam tudo parece ser infindável
duradouro e permanente, o cérebro para de pensar nas coisas
ao redor e se concentra apenas em uma pessoa. Mas segundo
Joaquim, tudo isso não passa de um “sentimento transferencial
inconsciente” ou seja, a pessoa se apega naquilo que gostaria
que a pessoa fosse, e não pelo o que verdadeiramente é, (Um
bom exemplo de que isso faz sentido, e percebermos que
quando apaixonados, não conseguimos perceber defeitos na
pessoa em questão).
Na verdade a pessoa se apaixona por uma projeção feita
por ela mesma. Mas o problema não está ai, o problema da
paixão ocorre quando há a quebra do espelho, ou seja, o fim
da ilusão, da fantasia, da utopia. Nesse período, dois caminhos
surgem: o primeiro é a separação, o término da relação
juntamente com o final da ilusão, o outro caminho, seguido por
poucos, é a “Aceitação do outro em sua totalidade” nasce
então, dos cacos do espelho da utopia, o fascínio por um ser
livre, totalmente independente de suas expectativas, que lhe
surpreende a cada dia, que é capaz de fazer uma surpresa
repentina, que parece mais linda com os anos e mais forte a
cada tempestade. Que lhe faz um carinho no momento mais
difícil e lhe perdoa aquilo que parecia ser imperdoável, que às
vezes suporta o insuportável, e depois da chuva de meteoros,
pelo meio das cinzas e do sangue do campo de batalha,
aparece ao seu lado, quando mais ninguém esperava. A esse
caminho dá-se o nome de amor.
A paixão é previsível, pois é invenção dos olhos dos
homens, é efêmera, passageiro e transitório, não dura para
sempre, foi feito para acabar logo. Mas o amor não parece ser
imprevisível, infinito e inabalável, foi feito pelas mãos de Deus.
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