quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Amanha é outro dia


Ainda hoje estava lembrando de um texto chamado “A menina do olhos de mel” que escrevi a alguns anos (um dia eu publico pra vocês), o artigo falava sobre oportunidades perdidas, mas de forma bem metafórica, ou seja, bem poética, bem romântica. No tempo que escrevi, algumas pessoas me acusaram de ter escrito para uma amante, mas não era, talvez eu falasse de uma oportunidade que nem eu mesmo tinha noção de ter perdido, só hoje consigo perceber o quanto nossas escolhas podem ser decisivas.
Existe uma parábola africana que conta a história de um pequeno animal que corria desesperadamente de um predador, quando o grande animal estava quase a lhe pegar, a presa pensou que as coisas não poderiam piorar, até que, ao passar por debaixo de um elefante, ele(a presa) é surpreendido por uma gigante porção de estrume na sua cabeça, o pequeno animal não teve duvidas em amaldiçoar o grande elefante, mas pior do que pudesse parecer a situação, o predador desistiu de seu jantar naquela situação. Horas se passaram é o caçado animal não conseguia se mexer debaixo da montanha de estrume, até que uma águia resolveu tira-lo daquela situação, o levou até um riacho e lhe banhou cuidadosamente, vento aquela atitude o pequeno animal não teve duvidas em louvar a grande águia pelo favor. Pouco tempo depois a águia o comeu.
Nem todas as pessoas que riem pra você e lhe juram “amores” realmente estão lhe fazendo bem, muito menos aquelas que parecem lhe fazer tanto mal, estão realmente lhe prejudicando, aprendi que na vida tudo, é muito relativo, principalmente nosso senso de justiça, por exemplo, o que é justo para você? O censo do que é justo hoje é o mesmo de tempos atrás? Sabe de uma coisa, às vezes o censo de justiça das pessoas acaba por fazer com que elas cometam injustiça com as outras, temos o hábito de justificar nossos atos pra poder fazer maldade para os outros. E amigo, não é aquele que tenta justificar, de qualquer maneira suas falhas, e nem tão pouco sempre concorda com você, talvez amigo, seja aquele que te de um tapa, bem dado, na hora certa, ou o elefante que fez coco na sua cabeça. Então concluímos que nem todo mundo que faz coco em nossas cabeças quer realmente nossa desgraça, e nem aquelas pessoas que nos estendem a mão para nos tirar da merda querem nosso bem.
Mas de fato, onde mora a justiça? O que é de verdade justo? Sinceramente não sei, não sei por exemplo tanta coisa de ruim que fizeram comigo, muito menos entendo as pessoas que justificam tais coisas, ando sentindo nojo desse monte de gente que fica inventando teorias e lendas pra justificar e incentivar quem me faz mal. Mas não existe nada mais certo do que um dia depois de outro, não vou me acomodar esperando justiça divina, Deus está muito ocupado, eu mesmo vou fazer minha justiça, vou começar a mostrar pra um monte que o mal não vale a pena, que eu não sou idiota e que o mundo e cheio de voltas e não apenas uma. Aconselho meus leitores que não deixem que sua vida seja demasiadamente injusta, a espera de intervenções do além, faça você mesmo sua vida, seja você mesmo responsável pelo seu caminho, não fique a vida toda se fazendo de coitadinho pra no final colocar a culpa em Deus. Não se enganem, estou apenas esperando a próxima volta, assim todos devemos fazer, talvez ai more a justiça. Hoje eu estou tomando remédios e as vezes triste, mas amanha não, amanha é outro dia

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

AOS QUE ESPERAM


Desculpem as faltas de postagens, é que eu estou tirando umas pequenas ferias, tenho algumas coisas novas pra publicar pra vocês, mas só farei quando voltar pra casa. Antes disso terei que cumprir algusn compromissos fora. Desejo um ótimo ano pra todos meus leitores. Tudo de bom.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ensinando galinhas a voar


Muitas vezes uma propaganda bem feita é bem melhor que um trabalho bem feito, sabe porque digo isso? Porque muita gente que trabalha menos do que eu acha que eu não faço nada. Cristalizou-se na cabeça das pessoas a ideia de trabalho da revolução industrial, bater ponto, rigoroso controle de horas de “trabalho”, esse modelo foi fortemente seguido a risca no período militar no Brasil, esse modelo até hoje é exigido vorazmente em muitos órgãos públicos.
Nós países desenvolvidos e principalmente em empresas de visão como Microsoft e Google, descobriu-se que horas de presença de um funcionário dentro da empresa não significa exatamente horas de produção, ou seja, a produtividade está totalmente desvinculada dos relógios de ponto, perincipalmente porque com o advento das interconexões de sistemas, propiciou-se poder produzir longe dos prédios das empresas. Hoje o modelo de flexibilidade de trabalho é adotado em todo mundo, menos nas entidades públicas do Brasil, que pra não perder o costume, parece não fazer parte do mundo moderno de tanto se arrastar.
Cheguei a estudar 14 horas por dia para poder me tornar melhor em meu trabalho, pra eu poder dar aulas melhores para meus alunos. Digo que muitos trabalham, porém poucos levam tão a sério como eu, apesar de visualmente não parecer, não gosto de perder tempo fazendo propaganda de mim mesmo pros outros, prefiro fazer propaganda de mim pra mim mesmo, parece um um pouco egocêntrico esse pensamento mas é verdade, meu compromisso com minhas metas é maior do que qualquer pensamento que possam tecer de mim.
Alguns estudos afirmam que nossas mentes se tornam mais criativas quando estamos perto de quem amamos, acho que é verdade, estou com milhões de ideias novas para implementar meus trabalhos do ano que vem e agora a pouco parei de escrever pra poder dar banho no meu filinho Gabriel, de vez enquanto tenho que para voltar o DVD da Xuxa que ele assiste religiosamente todos os dias (já sei todas as musicas decoradas). Mas hoje, me sinto muito mais produtivo e criativo do que antes, quando cumpria horários fixos, e é justamente isso que eu acho que está faltando nos funcionários de hoje em dia, criatividade, ousadia. Fiquei tão desapontado com encerramento do semestre letivo da minha filha Ana Paula, pois defendo a tese de que a educação infantil é mais importante das fazes educacionais, é nela que se determina uma pessoa criativa de uma pessoa passiva, se tiverem exemplos de criatividade com certeza serão criativas e pensarão pela vida toda, porém se tiverem exemplos de passividade, morosidade, serão pessoas dominadas, acomodadas, sem poder de raciocínio logico próprio (a maioria das pessoas hoje em dia). Os estímulos corretos nos momentos corretos é a chave de uma educação de sucesso, mas como exigir estimulo de pessoas desestimuladas? Como exigir grandes ideias de pessoas sem criatividade? Como exigir grandes feitos de pessoas sem ousadia? Acho um pouco difícil.
Pelo amor de Deus, meus queridos gestores educacionais, deixem dessa ideia de olhar a educação infantil como brincadeira, é preciso priorizar essa fase, pois de nada adiantara os investimentos posteriores se nossas crianças não souberem pensar, forem seres “agalinhadas” como diz Leonardo Boff em seu lindo ensaio a Águia e a galinha”, pessoas que só sabem olhar pra baixo e dar ridículos vôos, é preciso ousar, tentar voar o mais alto possível, vislumbrar novos horizontes, novas flores, novos jardins.
Não dou aulas para educação infantil pois sei que não tenho talento pra isso, descobri que é preciso ter dom para falar a linguagem das crianças, é preciso ter dom pra poder ser ouvido, é preciso ter dom para poder ensinar, como não tenho, não me proponho a ensina-las, e gostaria que o mesmo fizesse esse monte de gente sem talento que fica gritando e ameaçando nossas crianças. Não adianta ter diploma e saber duas ou três frases de Emilia Ferreiro ou Piaget e falar em construtivismo, é preciso mais, não é só participar desses planejamentos institucionais sem sentido, que mais parecem castigo para professores mau comportados durante o ano, é preciso ter dom.
Por um salário de 3 mil reais aos educadores infantis, por que não?, Sistemas seletivos severos ? Quem sabe assim conseguiríamos atrair profissionais competentes, de primeira, com certeza valeria a pena, construiremos futuros melhores, pois é bem mais fácil produzirmos águias do que ensinar galinhas a voar.